quinta-feira, 7 de junho de 2012

biografia XXXV – júlia

como atravesso a aridez
dos dias insulares das
horas
pantanosas

solo dos meus passos
insensatos

e construo meus poemas
imprevistos

como acolhe meus
rios nas margens me
conforta num corpo
imenso

como me salva
diariamente da morte
insone que me arrasta

nas encostas do
desespero

sonhos das minhas brumas
insalubres

Adair Carvalhais Júnior

2 comentários:

Julia Jardim disse...

Tem pouco coisa melhor do que se ver poesia. Principalmente pelas suas mãos, e assim.

Adair Carvalhais Júnior disse...

=))