eu trouxe até aqui
o rio que rompia as margens
lamacentas
os restos de cada lua
e das noites
envelhecidas
os corpos escuros
de meus avós a poeira
presa aos meus hesitantes
passos
trouxe até aqui
os olhos azuis de meu pai
a angústia de minha mãe
meu corpo envelhecido
hoje eu trouxe a finitude
do meu olhar
a montanha desfigurada
o aconchego dos filhos
sob as cobertas
e a poesia vã
das manhãs envelhecidas
Adair Carvalhais Júnior
6 comentários:
Este muito me emociona.
Beijos,
Ju.
a mim também.
bj
Mais uma vez leio,e acho sua Biografia linda!
Boas energias,Adair.
Mari
Obrigado Mari. Bom te ver aqui de novo.
Adair,
Desejo a você um Natal feliz e um Ano Novo,cheio de oportunidades.Obrigada por ter compartilhado,sua amizade comigo em 2010.
Boas energias,os 365 dias de 2011
Mari
Obrigado a você, Mari, por sua presença sempre carinhosa por estas biografias.
ótimo 2011 para você.
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