já morreram as duas
árvores que
plantei perderam se
no mundo os pequenos
poemas que
escrevi esvaziaram
se de mistérios as noites
de desamparo
o corpo magoa se com
o tempo nenhuma
chuva incomoda mais dói
olhar
prá frente
Adair Carvalhais Júnior
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6 comentários:
Um dos mais belos até hoje. Será que a esperança existe para trás tanto como para frente? No mais, crescer deve ser sempre só um risco, mesmo. E um risco anunciado.
Quero guardá-lo em mim, sempre. Principalmente para quando a esperança parecer faltar ( o que, pela velocidade com que têm minguado os sonhos e aumentado as certezas, não deve tardar ).
Beijos e obrigada por me mostrar sempre o reverso das coisas; assim é sempre mais imperfeito e belo,
ps.: Sua poesia tem me sido cada vez mais amiga. E eu cada vez menos intrusa nela. Ela me faz cada vez melhor.
Despois de dizer tanta coisa bela, você ainda agradece ????
muitos beijos
=)
Tenho mania de desculpas e agradecimentos, você sabe.
Mas muito das paavras que tenho hoje para a sua poesia veio dela mesmo - e de você. Não dá pra não agradecer.
Sim. Mas é que fico sem saber o que fazer, além de agradecer. ;-)
Bonito.
Verdadeiro.
Profundo (como todos os outros)
:))
Abraço
Obrigado Ema. Você sempre me dando o prazer da sua leitura atenta e gentil
abração
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